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Processo de Adoção: Como Funciona no Brasil, Passo a Passo

por souadvogado
processo de adoção: como funciona no Brasil passo a passo

🔰Aviso Legal: Este artigo foi elaborado com uma linguagem clara e acessível, buscando tornar o conteúdo jurídico mais compreensível para todos — sem abrir mão da precisão técnica e do rigor legal.

Sou Advogado.

Introdução

O processo de adoção é uma das formas mais belas e legítimas de construir uma família no Brasil. Mas, apesar da sua importância social e afetiva, o caminho para adotar uma criança ou adolescente ainda levanta muitas dúvidas jurídicas e emocionais.

Se você está pensando em iniciar esse processo, ou apenas deseja entender como ele funciona, este artigo vai te guiar — passo a passo — com explicações acessíveis, base legal atualizada e orientações práticas.

👨‍👩‍👧 Adotar é um direito legal que transforma afetos em vínculos jurídicos reais.

📘 O que é o processo de adoção?

A adoção é o ato jurídico pelo qual uma criança ou adolescente passa a integrar, de forma definitiva, uma nova família, rompendo os vínculos com os pais biológicos (quando existentes).
No Brasil, esse processo só ocorre por via judicial e exige uma série de etapas que envolvem o Poder Judiciário, o Ministério Público, equipes psicossociais e, claro, o próprio adotante.

É importante entender que a adoção:

✅ É irrevogável, salvo em situações gravíssimas
Garante todos os direitos de um filho biológico, inclusive sucessórios
Pode ser feita por pessoas solteiras, casadas ou em união estável, desde que maiores de 18 anos e com diferença mínima de 16 anos em relação ao adotado

🧠 O foco do processo é sempre o melhor interesse da criança ou adolescente, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

⚠️ Quais os principais riscos jurídicos no processo de adoção?

Embora a adoção seja um ato de amor, ela depende do cumprimento rigoroso da legislação brasileira. Veja os principais riscos:

⚠️ Perda de prazos importantes, especialmente durante a habilitação

⚠️ Falta de documentos essenciais, como certidões atualizadas e comprovantes de renda

⚠️ Erro na escolha da comarca ou fórum competente

⚠️ Adoção à brasileira, prática ilegal de registrar a criança como se fosse filho biológico

⚠️ Expectativas irreais sobre o perfil da criança (muitas vezes motivam desistências)

🔍 Resumo prático: O processo judicial de adoção exige habilitação, curso, avaliação psicossocial, período de convivência e sentença definitiva. Tudo visa garantir o melhor interesse da criança.

🧠 Você sabia?

🔍 O Brasil tem hoje mais de 4.900 crianças e adolescentes aptos à adoção, segundo dados do CNJ/SNA 2024.

👨‍👨‍👧 Mais de 34 mil pretendentes estão habilitados em todo o país — ou seja, o número de interessados é maior que o de crianças disponíveis.

🏳️‍🌈 Casais homoafetivos têm os mesmos direitos que casais heterossexuais no processo de adoção, conforme decisão do STF (Tema 1.046).

📜 A sentença de adoção substitui a certidão de nascimento da criança, criando um novo vínculo legal e definitivo.

📆 O tempo médio de espera após habilitação pode variar de 6 meses a 4 anos, conforme o perfil pretendido.

6 meses a 4 anos: é o tempo médio de espera no Cadastro Nacional de Adoção, aguardando uma criança compatível.

👨‍👩‍👧 Adotar é um direito legal que transforma afetos em vínculos jurídicos reais.

✅ Para que serve o processo de adoção?

O processo de adoção não serve apenas para que alguém “tenha um filho” legalmente — ele cumpre uma função muito mais ampla: garantir a convivência familiar e comunitária a crianças e adolescentes privados desse direito.

Veja suas finalidades principais:

🎯 Substituir o vínculo biológico por um vínculo legal e afetivo definitivo
⚖️ Promover o princípio da dignidade da criança e do adolescente, conforme o art. 227 da Constituição Federal
🏡 Evitar institucionalização prolongada, reduzindo o tempo em abrigos e casas de acolhimento
📘 Oferecer proteção integral, garantindo saúde, educação, afeto e segurança

Além disso, a adoção regularizada evita práticas perigosas como a adoção informal ou a chamada “adoção à brasileira”, que podem resultar em anulação judicial ou responsabilidade criminal para os envolvidos.

👥 Quem pode adotar no Brasil?

Qualquer pessoa maior de 18 anos pode adotar, desde que haja pelo menos 16 anos de diferença em relação à criança ou adolescente. A legislação não exige estado civil específico — ou seja, pessoas solteiras, casais heterossexuais ou homoafetivos, casados ou em união estável podem adotar.

Os critérios principais são:

✅ Ser maior de 18 anos
✅ Ter diferença mínima de 16 anos em relação ao adotado
✅ Apresentar documentação exigida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
✅ Comprovar idoneidade moral e estabilidade emocional
✅ Participar de curso preparatório para adoção (exigido pelo ECA)
✅ Ser aprovado por equipe técnica (psicólogos e assistentes sociais)

🛑 É proibido adotar:

🚫 Ascendentes (pais e avós) ou irmãos da criança

🚫 Pessoas que perderam o poder familiar por maus-tratos ou negligência

📌 A adoção por estrangeiros é permitida, mas segue regras especiais, com controle da Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF) e maior rigor documental.

📅 Quando o processo de adoção se aplica?

O processo de adoção pode ocorrer em qualquer fase da infância ou adolescência, desde que a criança ou adolescente esteja legalmente disponível para adoção — o que exige a destituição do poder familiar dos pais biológicos, por abandono, negligência grave, maus-tratos ou morte.

Veja os principais momentos em que o processo é admitido:

📌 Após destituição judicial do poder familiar
📌 Em casos de crianças em situação de abandono, acolhimento institucional ou entrega voluntária
📌 Quando os pais biológicos concordam com a adoção (renúncia expressa e homologada)
📌 Quando esgotadas todas as tentativas de reintegração familiar

Importante: nenhuma criança pode ser adotada se ainda houver possibilidade concreta de retorno ao convívio com sua família de origem.

📅 O processo também pode ocorrer na maioridade (adoção de adultos), com base no Código Civil, respeitando critérios de vínculo afetivo preexistente e consentimento formal.

📍 Onde o processo deve ser iniciado?

O processo deve ser iniciado na Vara da Infância e Juventude da comarca de residência do adotante. Essa vara é especializada e atua de forma integrada com o Ministério Público, Conselho Tutelar, Defensoria Pública e equipes técnicas (psicólogos e assistentes sociais).

Locais comuns de tramitação:

🏛️ Fórum da Infância e Juventude (comarca do adotante)
🏢 Juizado da Infância (casos de entrega voluntária, inclusive em hospitais)
🌍 No exterior, nos consulados brasileiros, quando se trata de adoção internacional

⚠️ Nunca é recomendável iniciar o processo diretamente por procuração ou “acordos verbais” com mães gestantes. Isso pode configurar adoção ilegal.

📎 Dica: Sempre consulte o site do TJ do seu estado para saber os documentos e formulários exigidos, pois cada tribunal tem seus próprios procedimentos administrativos internos.

🛠️ Passo a Passo Oficial do Processo de Adoção

1. 📝 Início do processo

Dirija-se à Vara da Infância e Juventude da sua cidade com os seguintes documentos:

  • Certidão de nascimento ou casamento (ou declaração de união estável)
  • RG, CPF
  • Comprovantes de renda e residência
  • Atestados de sanidade física e mental
  • Certidões negativas cível e criminal

📌 Em comarcas com o novo Sistema Nacional de Adoção, é possível fazer pré-cadastro online.

2. 📑 Análise dos documentos

O cartório autua o pedido e envia ao Ministério Público para análise. O promotor pode solicitar complementações.

3. 👥 Avaliação psicossocial

Equipe multidisciplinar do Judiciário avalia motivações, realidade sociofamiliar e preparo para acolher uma criança como filho.

4. 🎓 Curso preparatório

Participação obrigatória em programa que aborda aspectos jurídicos, sociais, emocionais e realidades da adoção.

5. ⚖️ Decisão judicial sobre habilitação

Com base nos pareceres e estudo técnico, o juiz poderá deferir ou indeferir o pedido de habilitação. A habilitação tem validade de 3 anos.

6. 🖥️ Inclusão no Sistema Nacional de Adoção

Com a habilitação aprovada, os dados do pretendente são inseridos no Cadastro Nacional, respeitando a ordem cronológica da decisão.

7. 🔍 Busca por família para a criança ou adolescente

Quando houver simetria entre perfil e criança, o pretendente é contatado. Se houver interesse, inicia-se a aproximação.

8. 👨‍👩‍👧 Estágio de convivência

A criança passa a conviver com o pretendente, sob monitoramento da equipe técnica. Dura até 90 dias, prorrogáveis por mais 90.

9. 🏡 Adoção definitiva

Após o estágio, o adotante propõe a ação de adoção. O juiz analisa a adaptação e profere sentença, emitindo nova certidão de nascimento com os dados da nova família.

📌 O prazo para conclusão da ação de adoção é de 120 dias, prorrogável uma vez por igual período.

📅 120 dias (prorrogáveis por mais 120): é o prazo administrativamente recomendado para que a ação judicial de adoção definitiva seja concluída após o estágio de convivência.

⚖️ A partir desse momento, a criança passa a ser filho ou filha legal, com todos os direitos civis, familiares e sucessórios.

🧭 A adoção começa no fórum, mas se concretiza no afeto diário da nova família.

🗂️ Resumo Visual: Etapas da Adoção no Brasil

EtapaAção necessária
✅ Início do processoDocumentação entregue à Vara da Infância
✅ Análise do MPMinistério Público revisa os documentos
✅ Avaliação psicossocialEntrevistas e visitas pela equipe do Judiciário
✅ Curso de preparaçãoParticipação obrigatória no programa de formação
✅ Habilitação deferidaDecisão judicial positiva sobre a habilitação
✅ Cadastro nacionalInserção no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento
✅ Encontro com criançaApresentação do histórico da criança e início da convivência
✅ Estágio de convivênciaConvivência monitorada com a criança
✅ Adoção definitivaAção de adoção e nova certidão de nascimento emitida

📌 Este checklist resume o fluxo oficial da adoção judicial no Brasil, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente e orientações do CNJ.

📄 Quais os requisitos para adotar?

Para iniciar e concluir um processo de adoção regular no Brasil, é necessário cumprir uma série de requisitos legais e práticos, conforme o ECA (Lei nº 8.069/90). Abaixo, os principais:

📋 Requisitos legais obrigatórios:

📅 Ter mais de 18 anos de idade

📏 Ter pelo menos 16 anos de diferença entre adotante e adotado

📄 Apresentar documentos exigidos pela Vara da Infância, como:
• Identidade e CPF
• Comprovante de residência
• Certidão negativa de antecedentes criminais
• Certidão de nascimento ou casamento
• Comprovante de renda

📘 Participar de curso preparatório obrigatório

🧠 Ser aprovado em entrevistas e visitas com psicólogo e assistente social

🗂️ Ser incluído no Cadastro Nacional de Adoção (CNA)

⚖️ Em caso de adoção por casais, é necessário comprovar união estável ou casamento, inclusive homoafetivos.

📌 Estrangeiros devem apresentar documentação legalizada, dossiê emitido no país de origem e aprovação da Autoridade Central Administrativa Federal (ACAF).

⚠️ Quais os riscos, erros ou consequências?

Apesar de ser um processo legalmente estruturado, a adoção apresenta riscos jurídicos e práticos reais, especialmente quando os trâmites não são seguidos corretamente.

⚠️ Adoção à brasileira (ilegal): prática de registrar a criança como filha biológica sem passar por processo judicial — configura falsidade ideológica e pode ser anulada
📅 Desistência tardia: a devolução de crianças após convivência pode gerar responsabilidade civil e danos psicológicos irreparáveis
📄 Documentação incompleta ou vencida: atrasa a habilitação ou causa indeferimento
🧑‍⚖️ Falta de acompanhamento jurídico especializado: aumenta chances de nulidades processuais
Desrespeito ao perfil informado: algumas desistências ocorrem por preconceitos com idade, etnia ou condições de saúde

Importante: não existe “adoção rápida”. Toda tentativa de acelerar ilegalmente o processo compromete a segurança da criança e expõe os adotantes a sanções civis e penais.

⚖️ O que diz a lei?

A adoção no Brasil está regulada por um conjunto robusto de normas legais e jurisprudenciais. Abaixo, os dispositivos essenciais:

📘 Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90
Art. 39 a 52-D – Regulam as modalidades, os requisitos e os efeitos da adoção
Art. 28 – Determina que a colocação em família substituta deve respeitar vínculos de afinidade e afetividade

📜 Constituição Federal – Art. 227
Estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado garantir à criança o direito à convivência familiar, inclusive por meio da adoção.

📕 Código Civil – Art. 1.618 a 1.629
Aplicam-se especialmente à adoção de adultos, quando houver laços afetivos anteriores consolidados.

⚖️ Jurisprudência – STJ e STF
Tema 1.046 – STF: reconhece a legitimidade da adoção por casais homoafetivos
REsp 1.318.921/SP – STJ: reforça que o melhor interesse da criança deve prevalecer sobre formalismos excessivos
TJSP – Apelação nº 1006512-87.2021.8.26.0001: reafirma que a sentença de adoção é irrevogável e tem efeitos civis plenos

🧾 Súmula 358 do STJ – usada em discussões sobre vínculo familiar pós-adoção e alteração de obrigações pré-existentes

🧾 Resumo legal: O processo de adoção é regido pelo ECA, pela Constituição Federal e pelo Código Civil. Jurisprudências do STF e STJ consolidam princípios como o da afetividade e do melhor interesse da criança.

📌 O que fazer na prática? Passo a passo da adoção legal

Se você deseja adotar, siga com atenção este caminho legal:

1️⃣ Procure a Vara da Infância da sua cidade
• Obtenha a lista oficial de documentos e o cronograma do curso preparatório

2️⃣ Reúna todos os documentos exigidos
• RG, CPF, certidões, comprovantes, atestados e declarações exigidas

3️⃣ Participe do curso de preparação
• Obrigatório, com carga horária mínima e avaliação por equipe técnica

4️⃣ Passe pelas entrevistas e visitas domiciliares
• Psicólogos e assistentes sociais vão avaliar estabilidade emocional e ambiente familiar

5️⃣ Aguarde decisão judicial de habilitação
• Após deferimento, seu nome é incluído no Cadastro Nacional de Adoção

6️⃣ Espere pela indicação de uma criança compatível
• O Judiciário fará o cruzamento de perfis e iniciará o processo de aproximação

7️⃣ Participe do período de convivência
• Supervisão da equipe técnica durante visitas, passeios e adaptação progressiva

8️⃣ Acompanhe a ação judicial de adoção
• O Ministério Público participa e a criança será ouvida, se tiver mais de 12 anos

9️⃣ Receba a sentença e a nova certidão de nascimento
• A certidão será emitida com o nome dos adotantes como pais, sem menção à adoção

🔟 Exerça seus direitos e deveres como pai ou mãe legal
• O vínculo é definitivo, incondicional e garante todos os direitos civis e afetivos

💬 Estudo de Caso

🧑‍🦰 Joana, 37 anos, solteira, moradora de Belo Horizonte, iniciou seu processo de adoção em 2021. Após entregar todos os documentos e concluir o curso preparatório, foi habilitada no cadastro nacional.
Depois de 10 meses, foi indicada uma criança de 5 anos, acolhida institucionalmente desde os 2 anos de idade. Com acompanhamento técnico, Joana iniciou o período de convivência e, em menos de 6 meses, a Vara da Infância proferiu a sentença de adoção.

🧠 Hoje, Joana é mãe legal e integralmente responsável por todas as decisões da vida da criança, que passou a ter nova certidão de nascimento com o sobrenome da família adotiva.

📚 Histórias reais mostram que o caminho da adoção vale cada etapa vencida.

⚖️ O caso reforça a importância do preparo emocional, da regularidade documental e da paciência com o tempo judicial.

❓ FAQ – Perguntas Frequentes

1. Casais homoafetivos podem adotar no Brasil?

Sim. O STF já decidiu (Tema 1.046) que casais homoafetivos têm os mesmos direitos que casais heterossexuais para adotar.

2. É possível adotar sem estar casado?

Sim. Pessoas solteiras também podem adotar, desde que preencham os requisitos legais.

3. Posso escolher o perfil da criança?

Sim. O pretendente pode indicar idade, gênero, etnia, número de irmãos e condições de saúde. Perfis mais restritivos tendem a aumentar o tempo de espera.

4. Posso desistir durante o estágio de convivência?

Sim, é possível, mas a desistência será avaliada cuidadosamente pela equipe psicossocial e pelo Judiciário. Em casos injustificados, pode afetar futuras tentativas.

5. O que acontece se minha habilitação vencer?

Você deve solicitar a renovação com pelo menos 120 dias de antecedência. A habilitação tem validade de 3 anos.

6. Quanto tempo dura o processo de adoção?

A espera entre a habilitação e o encontro com a criança pode levar de 6 meses a 4 anos, dependendo do perfil pretendido. A ação de adoção judicial costuma durar até 120 dias, prorrogáveis por mais 120.

7. A criança adotada tem os mesmos direitos de um filho biológico?

Sim. Após a sentença de adoção, todos os direitos civis, afetivos e sucessórios são garantidos integralmente.

8. A adoção é gratuita?

Sim. Não há cobrança judicial. Porém, podem existir custos com documentação, laudos, e — caso se deseje — com honorários advocatícios.

📘 A legislação sobre adoção foi criada para proteger, não para dificultar.

📚 Glossário

🍼 Adoção:

Ato judicial que cria vínculo legal de filiação entre adotante e adotado.

⚖️ Vara da Infância e Juventude:

Órgão do Judiciário responsável por processos de adoção.

📋 Habilitação:

Fase inicial do processo em que o pretendente comprova que pode adotar.

🧠 Estudo psicossocial:

Avaliação por psicólogos e assistentes sociais sobre a aptidão do adotante.

📎 Cadastro Nacional de Adoção (CNA):

Sistema que registra adotantes e crianças aptas à adoção.

📘 ECA:

Estatuto da Criança e do Adolescente, principal lei que regula a adoção.

🛑 Adoção à brasileira:

Prática ilegal de registrar uma criança como filho biológico sem adoção judicial.

📄 Sentença de adoção:

Decisão final do juiz que oficializa o vínculo de filiação.

🧾 Nova certidão:

Documento emitido após a adoção, com os nomes dos pais adotivos.

👩‍⚖️ Melhor interesse da criança:

Princípio que norteia todas as decisões sobre infância e juventude.

💬 Opinião Técnica: adoção exige preparo, não pressa

Embora o desejo de formar uma família por adoção seja legítimo e nobre, o processo não deve ser conduzido com pressa, improviso ou atalhos jurídicos.
A habilitação e o acompanhamento por profissionais especializados são essenciais para que a criança ou adolescente encontre um ambiente estável, seguro e afetuoso.

👨‍⚖️ Do ponto de vista jurídico, cada etapa existe por um motivo técnico: proteger direitos fundamentais. Por isso, evite informalidades, recorra ao Judiciário e, sempre que possível, conte com o apoio de um advogado familiarista.

✅ Conclusão: o que você precisa lembrar

O processo de adoção no Brasil segue etapas claras e legalmente previstas, visando proteger o melhor interesse da criança e garantir segurança à nova família. Com orientação adequada, é possível transformar vidas por meio desse gesto de amor.

Ao longo deste artigo, vimos:

📌 O que é a adoção e como ela ocorre legalmente
📌 Quem pode adotar e quais os documentos exigidos
📌 Os passos obrigatórios do processo judicial
📌 Os riscos de tentativas ilegais ou precipitação
📌 Os direitos plenos garantidos ao adotado após a sentença

Se você está pensando em adotar ou tem dúvidas sobre o andamento do seu processo:

📎 Procure a Vara da Infância da sua cidade
📎 Converse com um advogado especializado em Direito da Família
📎 Mantenha-se informado por fontes jurídicas oficiais e confiáveis

No souadvogado.com, você encontra informações seguras e acessíveis para tomar decisões com respaldo jurídico. Em caso de dúvida ou conflito, procure orientação com um advogado especializado em Direito da Criança e do Adolescente.

🚨 Aviso Legal: Este conteúdo tem caráter informativo e educativo. Não substitui a análise individualizada feita por um advogado. As situações apresentadas são exemplificativas e podem variar conforme os fatos concretos, provas disponíveis e interpretação judicial.

Sou Advogado.

📎 Veja também

👉 Responsabilidade das Escolas por Bullying: Entenda os Deveres das Instituições Públicas e Privadas

👉 Como Funciona a Lei de Alienação Parental: O Que Você Precisa Saber

🌐 Links externos

🔗 ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (Planalto)

🔗 SNA – Sistema Nacional de Adoção e acolhimento

📚 Fontes Jurídicas Auditáveis

📜 Constituição Federal de 1988
Art. 227 – Dispõe que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à convivência familiar, inclusive por meio da adoção.

📕 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990)
Art. 28 – A colocação em família substituta deve priorizar vínculos de afinidade e afetividade.
Art. 39 a 52-D – Regulam o procedimento, os requisitos e os efeitos da adoção no Brasil.

📕 Código Civil (Lei nº 10.406/2002)
Art. 1.618 a 1.629 – Normas complementares sobre adoção, aplicáveis especialmente à adoção de maiores de idade.

⚖️ Supremo Tribunal Federal (STF) – Tema 1.046
Tese firmada: “É constitucional a adoção por casais homoafetivos, que possuem os mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais.”

⚖️ Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Recurso Especial nº 1.318.921/SP
Relator: Min. Nancy Andrighi
Tese: O princípio do melhor interesse da criança deve prevalecer sobre formalidades processuais no processo de adoção.

🧾 Súmula 358 do STJ
“Cancelamento da pensão alimentícia de filhos menores só pode ser feito por decisão judicial, com contraditório assegurado.”
🔍 Embora não trate diretamente da adoção, é aplicada em discussões que envolvem alterações familiares decorrentes de adoção.

📊 Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA)
Dados de 2024: Mais de 4.900 crianças e adolescentes aptos à adoção e mais de 34 mil pretendentes habilitados.

🏛️ Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) – Apelação nº 1006512-87.2021.8.26.0001
Tese: A sentença de adoção é irrevogável e deve ser cumprida com todos os efeitos civis, inclusive sucessórios.

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