Recuperação Judicial cresce 8,7% em janeiro de 2025: entenda o que isso revela sobre a economia

Aumento dos pedidos de recuperação judicial em 2025 aponta para desafios econômicos no Brasil.

Recuperação judicial cresceu 8,7% em janeiro de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, segundo levantamento oficial. O dado confirma uma tendência preocupante observada ao longo de 2024, que foi o ano com recorde de pedidos no Brasil. O cenário econômico desafiador e o alto endividamento de empresas de diversos setores explicam a alta. Entenda o que isso significa e quais são os impactos práticos.

🕵️ O que aconteceu?

De acordo com a Serasa Experian, o Brasil registrou 162 pedidos de recuperação judicial em janeiro de 2025, um aumento de 8,7% em comparação a janeiro de 2024.

Esse crescimento reforça a tendência observada em 2024, quando foram registrados 2.273 pedidos — o maior número da série histórica, representando um aumento de 61,8% em relação a 2023.

O cenário econômico que impulsionou esse aumento inclui:

  • Taxa de juros elevada (Selic alta dificultando crédito).
  • Alta inadimplência empresarial (cerca de 8 milhões de empresas inadimplentes em janeiro de 2025).
  • Pressão financeira sobre micro, pequenas e médias empresas.
  • Queda de consumo e desaceleração econômica.

Casos emblemáticos como os pedidos de recuperação da Gol Linhas Aéreas, Bombril e Casa do Pão de Queijo ilustram a gravidade da situação.udicial é o instrumento jurídico que permite às empresas renegociarem suas dívidas para tentar evitar a falência.

Quem são os mais afetados?

  • Pequenas e médias empresas, que representaram 79,6% dos pedidos de recuperação em janeiro de 2025.
  • Setores de comércio, serviços e indústria de transformação.
  • Empresas que já estavam fragilizadas desde a pandemia de 2020.

Esses setores têm maior dependência de crédito e menor capacidade de resistir às oscilações econômicas.cado.

🔰 Quais os impactos práticos?

Restrição de crédito: empresas em recuperação têm maior dificuldade para captar recursos no mercado.

Aumento do desemprego: muitas empresas recorrem a cortes de pessoal como parte da reestruturação.

Efeito dominó: fornecedores e parceiros comerciais também são afetados por calotes ou renegociações forçadas.

Judicialização de conflitos: crescimento de processos judiciais envolvendo credores e devedores.

⚖️ Qual a base legal aplicável?

  • Lei nº 11.101/2005: Regula a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência de empresários e sociedades empresariais.
  • Reforma da Lei de Falências (Lei nº 14.112/2020): Atualizou regras de negociação e favoreceu a reestruturação de empresas.

📋 Tabela Resumo do Caso

ItemExplicação detalhada
O que aconteceu?Em janeiro de 2025, houve um aumento de 8,7% nos pedidos de recuperação judicial em comparação ao mesmo mês de 2024. A alta reflete as dificuldades econômicas enfrentadas pelas empresas, como juros elevados, queda do consumo e acesso restrito ao crédito.
Quem são os mais afetados?Pequenas e médias empresas, especialmente nos setores de comércio, serviços e indústria de transformação. Esses negócios são mais vulneráveis a crises de liquidez e variações no mercado de crédito.
Impacto práticoDiminuição da confiança dos investidores e fornecedores, aumento do desemprego em setores afetados, retração da atividade econômica e elevação do número de litígios comerciais.
O que o empresário pode fazer?Adotar medidas preventivas de gestão financeira, renegociar dívidas com credores, planejar estratégias de reestruturação e, em casos extremos, avaliar a possibilidade de recorrer à recuperação judicial para preservar a continuidade das atividades.

❓ FAQ – Perguntas Frequentes

1. O que é recuperação judicial?

Um processo judicial que visa permitir que uma empresa renegocie suas dívidas e continue suas atividades, evitando a falência.

2. Quais empresas mais recorrem à recuperação judicial?

Pequenas e médias empresas, especialmente em setores afetados por crises econômicas.

3. Qual é o objetivo da recuperação judicial?

Proporcionar a superação da crise econômico-financeira da empresa, preservando a empresa, os empregos e os interesses dos credores.

4. O que mudou com a reforma da Lei de Falências?

A reforma trouxe mecanismos de negociação mais rápidos, incentivos à mediação e maior proteção para as empresas que buscam a recuperação.

5. Como as empresas podem se preparar para evitar a recuperação?

Com planejamento financeiro sólido, gestão de endividamento e renegociação preventiva de dívidas.

✅ Checklist: Como agir em caso de crise financeira empresarial

EtapaAçãoComo fazerObjetivo
1Analisar o fluxo de caixaRevisar todas as entradas e saídas financeiras da empresa mensalmente.Identificar déficits e antecipar problemas de liquidez.
2Avaliar o endividamentoLevantar o total das dívidas, seus prazos e custos.Compreender o grau de comprometimento financeiro e planejar renegociações.
3Renegociar dívidas com credoresEntrar em contato com fornecedores e bancos propondo novas condições de pagamento.Ganhar fôlego financeiro e evitar inadimplência.
4Reduzir despesas operacionaisRevisar contratos, cortar custos não essenciais e renegociar serviços.Ajustar o orçamento e equilibrar as finanças.
5Consultar um especialista em recuperação empresarialBuscar orientação jurídica e financeira especializada.Avaliar alternativas extrajudiciais ou judiciais (recuperação judicial) para preservar a empresa.

Análise prática: como isso afeta empresários e o mercado?

O aumento dos pedidos de recuperação judicial revela a fragilidade estrutural de muitas empresas brasileiras diante de um ambiente econômico desafiador. Para empresários, adotar uma postura proativa é crucial: monitorar indicadores financeiros, renegociar dívidas preventivamente e estruturar planos de contingência.

Para o mercado, o crescimento das recuperações alerta para a necessidade de análise criteriosa de crédito em operações comerciais, além da necessidade de fortalecimento dos mecanismos de proteção contra riscos de inadimplência.

🧩 Conclusão

O aumento dos pedidos de recuperação judicial em 2025 mostra que a crise financeira continua impactando fortemente o ambiente de negócios no Brasil. A adoção de estratégias preventivas e a busca por reestruturações responsáveis são fundamentais para atravessar este momento delicado e garantir a continuidade empresarial.

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🔗 Lei nº 11.101/2005: Regula a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência de empresários e sociedades empresariais.

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