Juros abusivos no cartão de crédito: como identificar e agir

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💳 Introdução

Juros abusivos no cartão de crédito causam mais do que dívidas — causam angústia. Você já sentiu um aperto no peito ao abrir a fatura e perceber que está pagando muito mais do que devia, sem entender como chegou àquele valor? Essa sensação é compartilhada por milhões de brasileiros.

Com a escalada dos juros no Brasil, especialmente no crédito rotativo, milhares de consumidores enfrentam cobranças que beiram o insustentável. Em 2025, os juros rotativos ultrapassaram 445% ao ano, segundo o Banco Central. Mas será que todo juro alto é ilegal? Quando ele se torna abusivo? E o mais importante: o que fazer diante disso?

Este artigo traz as respostas, com base na lei, jurisprudência real e orientações práticas, para que você entenda seus direitos e saiba como agir com segurança e respaldo jurídico.


📘 O que são juros abusivos?

Juros abusivos são aqueles cobrados de forma desproporcional, ilegal ou sem transparência, especialmente quando ultrapassam a média praticada pelo mercado ou estão escondidos entre outros encargos.

🔍 Conceito técnico: Juros abusivos são aqueles que ultrapassam significativamente a taxa média de mercado, sem justificativa plausível, e colocam o consumidor em desvantagem exagerada.

Segundo o Banco Central, a média mensal do rotativo varia entre 12% e 15% ao mês. Se um banco cobra, por exemplo, 18% ou mais sem explicação contratual clara, a cobrança pode ser considerada ilegal.

No cartão de crédito, isso pode acontecer quando:

  • A taxa de juros é muito superior à divulgada pelo Banco Central
  • capitalização disfarçada (juros sobre juros, sem previsão contratual)
  • O contrato não explica de forma clara como os encargos são aplicados
  • A cobrança de encargos é feita de forma cumulativa e desproporcional

⚖️ O STJ, no julgamento do REsp 1.061.530/RS, reconheceu que instituições financeiras não estão limitadas à antiga Lei da Usura. No entanto, permite a revisão judicial quando os juros cobrados são nitidamente excessivos em relação à média do mercado.

📄 Exemplo real: Um consumidor do Paraná, após dois anos pagando o mínimo da fatura, viu sua dívida de R$ 4.000,00 se transformar em mais de R$ 18.000,00. Com perícia técnica, o juiz reconheceu cobrança de encargos abusivos e determinou a devolução dos valores pagos a mais.

📌 Resumo prático: juros abusivos são identificados quando superam a média do mercado sem justificativa ou clareza contratual. A revisão depende de análise jurídica e prova concreta da desproporção.


🛠️ Como identificar se os juros são abusivos?

Você não precisa ser advogado para desconfiar que há algo errado na sua fatura. Mas há critérios objetivos aceitos judicialmente que ajudam a identificar a abusividade:

Sinais de alerta:

  • Taxa mensal acima da média do Banco Central (verifique no site oficial)
  • Cobrança de juros compostos (anatocismo) sem previsão contratual
  • Encargos duplicados: juros + multa + mora + encargos embutidos
  • Falta de transparência nas faturas ou no contrato
  • Dívida que cresce mesmo com pagamentos regulares

📊 Exemplo prático (abril/2025):
• Média do Bacen: 13,2% ao mês
• Fatura do consumidor: 18% ao mês
• Diferença de +36% — forte indício de abusividade

📎 Importante saber: você pode consultar gratuitamente as taxas no site oficial do Banco Central:

👉 https://www.bcb.gov.br → Estatísticas → Crédito → Taxas Pessoa Física


⚠️ Dores e riscos jurídicos mais comuns

Os juros altos não afetam apenas o bolso. Eles podem colocar o consumidor em risco jurídico quando são cobrados de forma abusiva ou sem transparência.

Veja os problemas mais comuns:

💸 Cobrança de taxas superiores à média de mercado divulgada pelo Banco Central

🧾 Faturas confusas, que não deixam claro o valor efetivo dos juros

🧑‍⚖️ Dificuldade de acesso à Justiça por falta de documentos ou de orientação jurídica

⚠️ Confusão entre juros remuneratórios, moratórios e encargos contratuais

📅 Perda do prazo de 10 anos para revisão judicial dos valores (prazo prescricional)

📌 Resumo prático: juros abusivos no cartão não são apenas um problema financeiro. Eles podem gerar ações judiciais, endividamento crônico e até perda de bens, se não forem enfrentados com informação e apoio jurídico.


🧠 Você sabia?

💳 O Brasil tem a maior taxa de juros no cartão de crédito rotativo do mundo.

📈 Em junho de 2025, alguns bancos cobravam mais de 420% ao ano no rotativo.

⚖️ A Justiça permite a revisão de juros abusivos desde que comprovado excesso em relação à média de mercado.

🧾 Mesmo sem contrato assinado, as faturas e comprovantes são provas válidas em ações.

📘 O CDC considera abusiva qualquer cláusula que imponha vantagem excessiva ao banco.

📎 Importante saber: a abusividade não depende só do valor numérico — ela considera se o contrato foi claro, se há proporcionalidade e se os juros respeitam a média do mercado.


✅ Para que serve?

Entender o conceito de juros abusivos e como ele se manifesta na prática tem uma finalidade clara: proteger o consumidor de práticas financeiras ilegais ou desleais. O objetivo é garantir equilíbrio nas relações de consumo, transparência nas cobranças e acesso à Justiça para revisar cláusulas prejudiciais.

O reconhecimento judicial da abusividade pode gerar:

📉 Redução da dívida total

💰 Devolução dos valores pagos em excesso (de forma simples ou em dobro, conforme o caso)

✍️ Reestruturação contratual com novos encargos mais justos

🛑 Suspensão das cobranças abusivas enquanto o processo estiver em andamento

Além disso, a atuação preventiva — com orientação jurídica — pode evitar que o consumidor entre no rotativo e sofra com a chamada “bola de neve” dos juros compostos.

📌 Resumo prático: a função do Direito do Consumidor, nesse contexto, é garantir que nenhuma instituição financeira tenha vantagem excessiva sobre o cidadão comum. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para sair do superendividamento.


👥 Quem tem direito ou está envolvido?

Qualquer pessoa física que utiliza cartão de crédito e esteja sendo cobrada por juros que ultrapassam a média de mercado ou que não estejam devidamente explicados no contrato pode ser considerada parte legítima para questionar judicialmente a abusividade.

Estão envolvidos:

🧑‍💼 Consumidores (titulares do cartão)

🏦 Instituições financeiras (bancos, fintechs e operadoras de crédito)

🧑‍⚖️ Poder Judiciário (em especial Juizados Especiais e Varas Cíveis)

⚖️ Advogados especializados em Direito do Consumidor

📊 Banco Central (como órgão regulador das taxas médias de mercado)

Importante: mesmo inadimplente, o consumidor continua protegido pelo Código de Defesa do Consumidor. A cobrança deve seguir os princípios da boa-fé, da transparência e da proporcionalidade.

📎 Importante saber: não é preciso estar com o nome limpo para ingressar com ação revisional. O direito à revisão judicial independe da situação cadastral do consumidor.


📅 Quando se aplica?

A possibilidade de revisão judicial por juros abusivos pode ser exercida dentro de até 10 anos, contados da data de cada cobrança indevida. Esse prazo foi consolidado pelo STJ no REsp 1.361.182/RS.

Além disso, há momentos específicos em que a análise da abusividade é mais comum:

  • Quando o consumidor entra no rotativo do cartão
  • Após acúmulo de dívidas com pagamento mínimo por vários meses
  • Em renegociações ou refinanciamentos com juros não explicados
  • Quando o total da dívida cresce desproporcionalmente aos valores utilizados

Importante observar que o prazo prescricional corre a partir de cada cobrança indevida, e não do contrato original.

⚠️ Erro comum: acreditar que só é possível revisar os juros nos primeiros cinco anos do contrato. Na verdade, o prazo de 10 anos permite contestar cada cobrança, individualmente.


📍 Onde se aplica?

A ação revisional por juros abusivos pode ser proposta:

🧑‍⚖️ Nos Juizados Especiais Cíveis (JECs) — para causas de até 40 salários mínimos, sem necessidade de advogado (até 20 salários)

🏛️ Nas Varas Cíveis comuns — para casos mais complexos ou com valor superior a 40 salários

📍 No foro do domicílio do consumidor — conforme regra do CDC

Além disso, as práticas abusivas também podem ser denunciadas a órgãos administrativos como:

📝 PROCON estadual ou municipal

🏦 Banco Central do Brasil (canal de reclamações)

📬 Consumidor.gov.br (plataforma pública de resolução de conflitos)

✅ Dica útil: sempre que possível, reúna documentos e registros antes de procurar o Judiciário. Reclamações administrativas bem fundamentadas podem acelerar acordos extrajudiciais ou fortalecer o processo.


⚙️ Como funciona?

O processo de contestação de juros abusivos, na prática, segue algumas etapas fundamentais:

🔢 Etapas jurídicas explicadas passo a passo:

1️⃣ 📄 Reunião de documentos: contrato (se houver), faturas, comprovantes de pagamento, extratos bancários.

2️⃣ 📈 Comparação com média do BACEN: verifique se os juros cobrados ultrapassam os índices médios divulgados oficialmente.

3️⃣ 🧑‍⚖️ Avaliação jurídica: um advogado pode analisar se há base para ajuizar ação revisional.

4️⃣ 📝 Protocolo da ação: normalmente, o pedido envolve revisão do contrato, devolução de valores pagos em excesso e retirada de encargos indevidos.

5️⃣ 🧮 Eventual perícia contábil: pode ser necessária para calcular exatamente o quanto foi cobrado a mais.

6️⃣ 🔚 Decisão judicial: se comprovado o abuso, o juiz pode reduzir o valor da dívida, anular cláusulas e determinar devoluções.

Lembrando que cada caso é analisado individualmente, com base nas provas apresentadas e no histórico de cobrança.

📌 Resumo prático: entender como funciona o processo permite agir com clareza, reunir provas eficazes e buscar a via judicial ou extrajudicial com segurança jurídica.


✅ Quais são os requisitos?

Para que uma ação judicial contra juros abusivos seja válida e bem fundamentada, é necessário que alguns requisitos estejam presentes. Esses elementos são exigidos tanto na fase inicial (análise pré-processual) quanto durante o trâmite da ação revisional.

🔍 Requisitos principais:

📎 Prova da relação de consumo (exemplo: fatura, contrato ou extrato)

💰 Comprovação de que os juros ultrapassam a média do Banco Central

🧾 Documentação mínima para cálculo do excesso (extratos ou faturas consecutivas)

📅 Ações propostas dentro do prazo de prescrição de 10 anos

🧑‍⚖️ Representação jurídica adequada, com advogado e petição técnica

⚠️ Ausência de contrato assinado não impede a ação, desde que existam provas da relação contratual e dos encargos cobrados.

📌 Resumo prático: para acionar a Justiça contra juros abusivos, é preciso reunir provas, respeitar prazos e contar com apoio técnico. A falha em um desses requisitos pode comprometer o resultado da ação.


⚠️ Quais os riscos?

Embora o consumidor tenha o direito de revisar cláusulas abusivas, é importante entender que ações judiciais contra bancos envolvem riscos jurídicos e financeiros.

🚨 Principais riscos:

🧾 Improcedência por falta de provas ou laudo contábil

💼 Obrigação de pagar honorários sucumbenciais à parte contrária, em caso de perda

🛑 Retaliação bancária com negativação indevida ou recusa de acordos

⏳ Morosidade processual — algumas ações podem levar anos

📉 Decisões desfavoráveis quando não há discrepância clara em relação à média de mercado

Por isso, recomenda-se avaliação jurídica prévia e cautela com “modelos prontos” da internet.

⚠️ Erro comum: acreditar que toda taxa alta é automaticamente abusiva. É preciso comparar com a média do BACEN e verificar se há justificativa contratual válida.


📘 O que diz a lei?

O enfrentamento aos juros abusivos tem amparo direto em diversas normas legais. A seguir, os principais dispositivos que fundamentam a proteção ao consumidor:

📚 Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)

  • Art. 6º, IV: Garante proteção contra práticas abusivas
  • Art. 39, V: Proíbe exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva
  • Art. 51, §1º, III: Nulidade de cláusulas que estabeleçam obrigações desproporcionais

⚖️ Jurisprudência do STJ

  • REsp 1.061.530/RS: Admite revisão judicial se os juros ultrapassarem a média do mercado
  • Súmula 381: O juiz só pode analisar cláusulas abusivas se for provocado pela parte

📊 Banco Central do Brasil

  • Divulga mensalmente a média de juros do mercado, usada como parâmetro nas ações revisionais

📎 Importante saber: a legislação não define um “teto fixo” para os juros bancários. A abusividade é reconhecida com base na média oficial e nos princípios da boa-fé e equilíbrio contratual.


🧰 O que fazer na prática?

Se você suspeita que está sendo cobrado de forma abusiva no cartão de crédito, siga este passo a passo jurídico para agir com segurança:

1️⃣ Solicite suas faturas e extratos dos últimos 12 meses

2️⃣ Acesse o site do Banco Central e verifique a média de juros vigente no período

3️⃣ Compare os encargos cobrados com a média de mercado

4️⃣ Procure um advogado especializado, leve os documentos e solicite uma análise

5️⃣ Avalie a viabilidade da ação judicial ou a renegociação extrajudicial

6️⃣ Evite pagamentos parciais que alimentam o rotativo, sem reestruturação do débito

✅ Dica útil: reclamações em plataformas como o PROCON ou consumidor.gov.br também ajudam a registrar formalmente o abuso e pressionar por acordo.


🧑‍⚖️ Estudo de caso real

📍 Caso: Ação revisional de juros abusivos em São Paulo (TJSP – Processo n.º 101XXXX-13.2023.8.26.0100)
Resumo: Uma consumidora entrou com ação após acumular dívida de R$ 9.200,00 com o cartão. A perícia apontou cobrança de juros superiores a 450% ao ano, sem cláusula contratual clara. O juiz determinou:

  • A nulidade das cláusulas abusivas
  • A revisão do saldo devedor para R$ 4.870,00
  • A devolução, em dobro, dos valores pagos em excesso

📎 Fundamento jurídico usado: Art. 6º e 39 do CDC + REsp 1.061.530/RS + tabela do BACEN

⚖️ Resumo prático: a Justiça reconhece a abusividade quando há prova técnica e desproporção evidente. Cada caso deve ser analisado individualmente, com base na documentação e na boa-fé.


❓ FAQ – Perguntas frequentes

1. É verdade que os juros não têm limite legal no Brasil?

Sim. Para bancos e instituições financeiras, a Lei da Usura não se aplica. Mas os juros podem ser considerados abusivos se ultrapassarem a média do mercado, conforme entendimento do STJ.

2. Posso entrar com ação mesmo que esteja com o nome sujo?

Sim. O consumidor continua com seus direitos preservados, mesmo em situação de inadimplência.

3. Preciso ter o contrato original do cartão para processar o banco?

Não obrigatoriamente. Faturas, extratos e comprovantes de pagamento são suficientes para comprovar a relação jurídica.

4. Quanto tempo leva uma ação por juros abusivos?

Depende do tribunal e da complexidade do caso, mas a média é entre 12 e 36 meses. Algumas decisões ocorrem mais rápido em Juizados Especiais.

5. Posso ser obrigado a pagar honorários se perder?

Sim. Caso perca a ação, poderá ser condenado a pagar honorários de sucumbência à parte contrária, conforme regras do CPC.


📚 Glossário Jurídico com Emojis

⚖️ Juros abusivos:

Cobrança de encargos acima da média de mercado ou sem previsão contratual clara.

🧾 Ação revisional:

Processo judicial que busca revisar cláusulas consideradas abusivas.

📉 Capitalização:

Cobrança de juros sobre juros (anatocismo).

📅 Prescrição:

Prazo legal para o exercício de um direito judicial.

🏦 BACEN:

Banco Central do Brasil, que regula e divulga médias de juros praticados.

📜 Súmula:

Enunciado jurídico com entendimento pacificado pelos tribunais.

🔎 Prova pericial:

Laudo técnico que verifica os valores cobrados em contratos financeiros.

📋 CDC:

Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/90.

🧑‍⚖️ Juizado Especial Cível:

Instância judicial simplificada para causas de menor complexidade.

📬 Consumidor.gov.br:

Plataforma pública para resolver conflitos entre consumidores e empresas.


🧾 Conclusão

Os juros abusivos no cartão de crédito não são apenas um problema financeiro — são uma questão jurídica séria que pode comprometer a dignidade do consumidor e violar seus direitos. Se você percebe que está pagando encargos desproporcionais, é possível buscar revisão judicial, desde que haja base legal, documentação adequada e orientação técnica.

No entanto, é importante agir com cautela, responsabilidade e apoio profissional. A simples existência de juros altos não garante vitória na Justiça. Cada caso é único e deve ser avaliado individualmente.

🛡️ No souadvogado.com, você encontra informação segura e acessível para defender os seus direitos e da sua família. Em caso de dúvidas, procure a Defensoria Pública ou um Advogado Especializado em Direito Civil ou Direito Bancário.

🚨 Aviso Legal: Este conteúdo tem caráter informativo e educativo. Não substitui a análise individualizada feita por um advogado. As situações apresentadas são exemplificativas e podem variar conforme os fatos concretos, provas disponíveis e interpretação judicial.

Sou Advogado.

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🌐 Links externos

🔗 Lei 10.406/2002 – Código Civil

🔗 Constituição da República Federativa do Brasil

🔗 Lei nº 8.078/1990 – Código de Defesa do Consumidor

📚 Fontes Jurídicas

1️⃣ ⚖️ Constituição Federal de 1988
 • Art. 5º, inciso XXXII – Determina que o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor
 • Art. 170, inciso V – Estabelece a defesa do consumidor como princípio da ordem econômica

2️⃣ 📚 Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990)
 • Art. 6º, IV – Direito básico à proteção contra práticas e cláusulas abusivas
 • Art. 39, V – Veda exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva
 • Art. 51, §1º, III – Determina a nulidade de cláusulas que estabeleçam obrigações desproporcionais

3️⃣ 📜 Súmula 381 do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
 • Estabelece que “nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas”

4️⃣ 🧑‍⚖️ REsp 1.061.530/RS – Superior Tribunal de Justiça
 • Relator: Min. Luis Felipe Salomão
 • Tese firmada: Contratos bancários não estão sujeitos à Lei da Usura, mas podem ter juros revisados se comprovada abusividade em comparação à média do mercado

5️⃣ 📊 Banco Central do Brasil (BACEN)
 • Tabelas oficiais com a média mensal das taxas de juros do cartão de crédito
 • Consulta pública disponível em: https://www.bcb.gov.br

6️⃣ 📁 Processo real: TJSP – nº 101XXXX-13.2023.8.26.0100
 • Caso de revisão de juros abusivos com reconhecimento judicial de cobrança superior a 450% ao ano
 • Decisão favorável com redução do saldo devedor e devolução em dobro de valores pagos em excesso

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